domingo, 12 de julho de 2009

HÍFEN - O que não muda!

Não mudará em:

1) Substantivos compostos {beija-flor, guarda-chuva}
2) Colocação Pronominal {ênclise e mesóclise, ou seja, deixe-o, amá-lo-ei}
3) Sufixos de origem tupi-guarani {açu, guaçu e mirim = capim-açu, mogi-mirim}

4) Em palavras compostas por PREFIXO + palavra iniciada com H:
Anti-higiênico
Anti-histórico
Co-herdeiro
Macro-história
Mini-hotel
Pré-história
Sobre-humano
Super-homem
Ultra-humano

OBS: A exceção é SUB-HUMANO, que perde o H e passa a ser escrita SUBUMANO.

5) Palavras formadas com os prefixos CIRCUM e PAN + segundo elemento iniciado por VOGAL, M ou N, permanecem com o hífen.

Pan-americano
Circum-escolar
Circum-navegação

6) Palavras formadas pelos prefixos SUPER, INTER, HIPER E SUB + segundo elemento começado com a mesma consoante que findou o prefixo [usa-se hífem]. No caso de SUB usa-se o hífem também quando a palavra for iniciada por R.

Hiper-requintado
Inter-racial
Inter-regional
Sub-bibliotecário
Super-racista
Super-reacionário
Super-resistente
Super-revista
Super-romântico
Sub-região


7) Usa-se o hífem em palavras com os prefixos ALÉM, AQUÉM, EX, RECÉM, SEM, SOTO E VICE.

Além-mar
Além-túmulo
Aquém-mar
Ex-aluno
Ex-diretor
Ex-marido
Ex-prefeito
Ex-primeiro-ministro
Recém-casado
Recém-nascido
Sem-terra
Sem-teto
Soto-piloto
Soto-mestre
Vice-versa
Vice-prefeito
Vice-presidente
Vice-governador
8) Usa-se hífem em palavras formadas pelos prefixos tônicos acentuados PÓS, PRÉ e PRÓ, seguidos de palavras independentes:

Pós-graduação
Pós-operatório
Pré-escolar
Pré-história
Pré-vestibular

Só uma dicazinha: a palavra PRA [forma contraída de PARA] não é acentuada. Ex: "Eu me dou pra você".

9) Usa-se hífem na ligação de duas ou mais palavras que gformam encadeamento, como em "eixo Rio-São Paulo".

10) Não se usa HÍFEM em palavras onde o primeiro elemento TERMINA com consoante e o segundo elemento COMEÇA com vogal:

Hiperacidez
Hiperativo
Interescolar
Interestadual
Interestelar
Interestudantil
Superamigo
Superaquecimento
Supereconômico
Superexigente
Superinteressante
Superotimisto
Superinteligente

11) Também não se usa hífem em palavras que já não parecem compostas. Exemplo:

Girassol
Mandachuva
Paraquedas
Paraquedismo
Pontapé
Planalto

Fonte de Pesquisa: Guia da Reforma Ortográfica, da Editora On Line.

HÍFEN - O que muda!


O hífen será eliminado nas palavras em que o prefixo termina em vogal e o segundo elemento se inicia por vogal diferente daquela que terminou o prefixo.
AerO-Espacial passa a ser Aeroespacial.
Outros exemplos:
Agroindustrial - Anteontem - Antireo - Antieducação - Autoajuda - Autoaprendizagem - Autoescola - Autoestrada - Autoinstrução - Coautor - Coedição - Extraescolar - Extrauniversitário - Infraestrutura - Plurianual
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Nas palavras em que o prefixo termina com vogal e o segundo elemento começa com vogal igual àquela que findou o prefixo, o hífen passa a ser obrigatório.
Exemplos:
Anti-ibérico - anti-imperialista - anti-inflacionário - anti-inflamatório - auto-observação - contra-almirante - contra-argumento - contra-atacar - contra-ataque - contra-aviso - micro-ondas - micro-ônibus - semi-improvisado - semi-inconsciente - semi-internato - semi-interno.
EXCEÇÃO:
O prefixo CO, mesmo que a palavra seja iniciada por O, se juntará sem o hífem, a exemplo de coordenar, cooperar, cooptar, etc.
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O hífen também será eliminado nas palavras em que o prefixo termina em vogal e o segundo elemento se inicia por R ou S. Vale lembrar que, neste caso, essas letras [R ou S] serão dobradas, uma vez que R ou S entre duas vogais tem som de, respectivamente, RRRR (como em camaRão, baRata, diRetor) e Z (como em caSa, luSo, vaSilia).
Exemplos:
Antirrabico - Antirracismo - Antirrealismo - Antirreforma - Antirreligioso - Antirrepublicano - Antirroubo - Antirrugas - Biorritmo - Contrarregra - Neorrealismo - Semirreta - Ultrarresistente - Antissocial - Contrassafra - Contrassenha - Contrassenso - Cossenso - Infrassom - Microssistema - Minissaia - Minissubmarino - Multissecular - Neossimbolista - Ultrassecreto - Ultrassecular - Ultrassom - Ultrassônico.
PS: A palavra sub-humano, perde o H e passa a ser escrita "subumano"
Fonte de Pesquisa: Guia da Reforma Ortográfica, da Editora On Line.

sábado, 11 de julho de 2009

ACENTUAÇÃO

1. As palavras paroxítonas [com a penúltima sílaba tônica], que possuem os ditongos OI e EI na sílaba tônica, não serão mais acentuadas. Serão, portanto, grafadas da seguinte maneira:

Alcaloide - Alcateia - Andreoide - Apoia - Apoio [do verbo apoiar] - Assembleia - Asteroide - Boia - Boleia - Celuloide - Claraboia - Colmeia - Coreia - Debiloide - Epopeia - Estoico - Estreia - Estreio [do verbo estrear]- Geleia - Heroico - Ideia - Jiboia - Joia - Odisseia - Paranoia - Paranoico - Plateia - Tramoia.

Ps: As palavras oxítonas [última sílaba tônica] terminadas em ÉIS, ÉU[S], ÓI[S] continuam sendo acentuadas. Ex: Pastéis, troféu, heróis. Os monossílabos tônicos dói, réu e réis também continuam acentuados.
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2. As palavras paroxítonas com vogais I e U tônicas [forte], que aparecem depois de um ditongo, também perdem o acento: Exemplo:

Baiuca - Boiuna - Bocaiuva - Cauila - Feiura - Raiuna

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3. O hiato [vogais que se separam] OO deixa de receber acento quando a palavra for paroxítona. Exemplo:

Abençoo - Povoo - Doo - Resoo - Enjoo - Voo - Magoo - Voos - Perdoo - Zoo

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4. O hiato ''EEM" das palavras correspondentes à terceira pessoa do plural do presente do indicativo ou subjuntivo dos verbos DAR, CRER, LER e VER [bem como seus derivados] também não serão mais acentuadas.
Creem - Leem - Deem - Veem
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5. Os verbos ARGUIR E REDARGUIR, quando conjugados na segunda pessoa do singular [TU] e na terceira pessoa do singular [ELE] e do plural [ELES] do presente do indicativo, não serão mais acentuados. Exemplo:
[tu] arguis - [ele] argui - [eles] arguem
Nota mental: Ficou esquisito, né?
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6. Os verbos AGUAR, APANZIGUAR, APAZIGUAR, APROPINQUAR, AVERIGUAR, DESAGUAR, ENXAGUAR, OBLIQUAR, DELINQUIR e seus afins, oferecem duas possibilidades de pronúncia - seja enfatizando a vogal U ou as vogais A/I. Por isso, permitem duas formas de acentuação:
Averiguo - Averíguo
Enxaguo - Enxáguo
Delinquo - Delínquo
Apaziguo - Apazíguo
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7. Os acentos que diferenciam uma palavra de outra foram abolidos.
Exemplo: Pára [verbo parar] e Para [preposição]; Pólo [ substantivo] e Polo [combinação de por+lo].
Então, são grafadas sem acento:
Para [do verbo parar]
Pelo [do verbo pelar]
Pólo [substantivo]
Péra [substantivo antigo que denomina 'pedra']
Péla [do verbo pelar]
EXCEÇÕES:
Continuam tendo o acento diferencial:
PÔR [verbo], para destinguir de POR [preposição]
PÔDE [verbo conjugado no pretérito perfeito do indicativo, 3ª pessoa do singular] para diferenciar de PODE [verbo conjugado na 3ª pessoa do presente do indicativo]
É facultativo o acento em:
FÔRMA [substantivo] e FORMA [substantivo e verbo]
DÊMOS [verbo conjugado na 1ª pessoa do plural do presente do subjuntivo] e DEMOS [verbo conjugado na 1ª pessoa do plural do pretérito perfeito]
TREMA:
O sinal gráfico 'trema' foi totalmente abolido da Língua Portuguesa. Lingüiça agora passa a ser Linguiça. Cinqüenta, agora é cinquenta...
Fonte : Guia da Reforma Ortográfica, da Editora On Line.
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3.1.


Então...
Hoje dei uma calibrada no motor e deixei-o 3.1.
O dia foi tranquilo, em paz e terminamos a noite com um churrasquinho em casa.
Meu maridón se esforçou pra fazer surpresa, mas eu não colaborei muito. Ganhei três bolos: um no trabalho, um da minha mãe e um da Tia Leuza. Ganhei alguns presentes maravilhosos, uma postagem exclusiva da prima Dani e meu orkut bombou... hehehehe. Ano passado desativei o aviso de aniversário e recebi só 2 mensagens de felicitações. Esse ano, foram mais de 50. Tô me achando...
Obrigada ao meu Deus, por mais um ano [ou menos um na terra], a minha mãe, pela disonibilidade e sacrifício que faz por mim e pra me deixar feliz! Ao meu maridón, pelo dia agradável. Ao filhão, por cantar a musiquinha dos 'Parabéns' para mim, soprar a velinha por mim e enfiar a mão no bolo [por ele mesmo]... Ao meu pai, meus irmãos, cunhados, tios e primos, pela lembrança e por me amarem, assim como eu sou...
Aos amigos, obrigada! Eu não mereço tanta atenção.
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Não sei vocês, que são mães, mas eu adorava o dia do meu aniversário. Esperava o ano todo por ele. Depois que o Rei nasceu, espero pelo dele. O meu, tornou-se mero coadjuvante.
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sexta-feira, 10 de julho de 2009

ALFABETO


O Alfabeto português, antes com 23 letras, passa a ter 26, com a inclusão das letras W, K e Y. Entretanto, essas letras só podem ser usadas em palavras derivagas de nomes próprios de pessoas ou lugares, a exemplo de darwinismo, de DArwin e kuwaitiano, de Kuwait; bem como em abreviaturas, símbolod, siglas e unidades de medidas [KLM, kg, km, kw e W] e palavras e nomes estrangeiros e seus derivados, como playboy, kung fu, web, etc.
Fonte de Pesquisa: Guia da Reforma Ortográfica, da Editora On Line.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Reforma Ortográfica

Pensei em fazer umas postagens com algumas dicas sobre o que mudou com a Reforma Ortográfica que, apesar de ainda não ser exigida, é melhor a gente ir se acostumando. Tem sido constantemente tema de vestibulares e concursos.


Vale ressaltar que usarei como base o GUIA DA REFORMA ORTOGRAFICA da Editora On Line. Só base mesmo.


Pra começar, entenda o ACORDO ORTOGRÁFICO:


Firmado pela Comunidade de Países da Língua Portuguesa, o Acordo Ortográfico foi assinado pelo Presidente Lula em setembro de 2008 e já passou a vigorar desde janeiro de 2009. Até 2012, quando será concluído o prazo de implantação da Reforma Ortográfica, as duas formas serão aceitas. O Brasil foi o país que teve o menor percentual de mudanças, apenas 0,5% de suas palavras sofreram alterações. Entre os benefícios desse Acordo, estão a facilidade de "intercâmbio cultural e científico entre os países" integrantes da CPLP e a ampla divulgação do idioma e da literatura.


Os países integrantes são: Brasil, Portugal, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Timor Leste, São Tomé e Príncipe, Angola e Moçambique.
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Imagem, daqui.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Classificados Gratuitos na Net

Recebi, recentemente, um e-mail da Fabiane, Assessora da OLX, apresentando-me o site e convidando para dar uma olhadinha nele. Confesso que nunca tinha ouvido falar, mas adorei o site. Funciona como uma página de Classificados Gratuitos na internet. Vc encontra tudo por lá e é muito fácil utilizar. Já vou encomendar um DVD do Jaspion para o meu irmão. hehehehe. Dêem uma passadinha por lá, através deste link. Vale a pena. Super Recomendo. Aí na barra lateral tb tem uma figura com o link para a página.Vocês vão gostar.Bjos.
OLX Free Online Classifieds

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Sobre o Meu Diploma II

Estou um tanto envergonhada com o que escrevi no post anterior. Não vou deletá-lo. Primeiro, porque escrevi no afã da notícia e segundo porque quero mostrar que sou capaz de mudar de opinião.

Conversando com o meu tio, que é aluno do 5º período de Jornalismo e lendo o blog da Karla, revi todos os meus conceitos sobre o diploma. Vou postar aqui o texto dela que, depois de lê-lo, passei a ver a "não-exigência-do-diploma" com outros olhos. Ela escreveu o que eu senti e não soube expressar, por causa da raiva momentânea. Até em relação ao Direito. Talvez tenha sido a forma com que a notícia chegou até a mim, que me fez pensar daquele jeito. Ficaram algumas lições:
1) Ninguém está livre da influência da mídia.
2) Eu sou capaz de rever meus conceitos.
3) Devemos sempre ouvir os mais sábios primeiro.

O texto copiado do Hysteria [A visão da Karla]

Basicamente achei uma decisão interessante. Não sou a favor do diploma, de verdade. Na minha humilde opinião, isso não vai mudar muita coisa, pelo menos por enquanto. Me espantou ver a histeria em torno da decisão do Supremo porque não caiu o diploma e sim a exigência dele para o exercício da profissão. E vi muita gente pintando que ‘oh, o STF derrubou o diploma’. Pra esses tipos, realmente o STF deveria mesmo ter acabado com o diploma, porque essas pessoas tem uma séria deficiência em interpretar um texto. Como chegaram na universidade, não é mesmo? Como conseguiram um diploma? Penso que deveríamos discutir como salvar a nossa profissão. Na boa, sério. O salário é baixo e a credibilidade menor ainda. Sempre me pergunto se as pessoas realmente precisam de jornalistas, esses que ainda somos hoje em dia. Chego a conclusão que não [ok, sei que isso foi hard]. Mas são tantas as fontes de informação que a Internet nos dá, que sério: who needs a journalist nowadays?

Então, só posso achar que precisamos rever a profissão, os meios de comunicação e não ficar
enroscados nessa onda de diploma. As empresas sérias vão continuar contratando gente que tenha experiência na área e creio que o diploma será, sim, um diferencial. Cara, quem tem medo de perder emprego por causa de diploma não é competente. Sério. Não estou com nenhuma ruga de preocupação por causa disso.

Modéstia à parte: sei apurar, tenho bom texto e me considero uma boa jornalista. Encaro essa decisão do STF como uma espécie de seleção natural. As tranqueiras ficarão de fora, ainda bem.
Na verdade, o que eu gostaria é que o currículo do curso fosse revisto. Por exemplo: eu não teria feito várias disciplinas que na minha faculdade eram obrigatórias. Fiquei muito pau da cara porque não tivemos redação jornalística, tivemos no primeiro ano uma disciplina que era um arremedo de redação jornalística com uma professora de Português. Ok, ela era ótima, mas não era jornalista.

Uma vez, conversando com a Anna, ela falou algo certo. Jornalismo deveria ser especialização. As duas profissões que mais quis na vida foram o Jornalismo e o Direito. Fiz o primeiro e tenho muito interesse pelo segundo, mas se pudesse escolher novamente, faria o segundo e me especializaria no primeiro. Credo, pareço a desiludida com o jornalismo, né? Mas não, amo ser jornalista, mas não sou besta, né? :]

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Sobre o Meu Diploma

Daí que eu passei cinco anos na faculdade pra nada...

Como é triste saber disso. Saber que a profissão "Jornalista" não é uma ciência, não carece de estudos avançados nem de técnicas. É da área "das artes e da literatura". Não foi assim que um dos Ministros do Supremo falou?
Sabe o que ele quis dizer? Eu também não...
Talvez ele estivesse se referido as artes circenses, vai saber...
E a cara do Bonner e da sua Digníssima? Sorrisinho sarcástico, como se estivessem dizendo: "Só existem duas vagas boas no país, e elas já são nossas..."
Daí a gente pode se conformar: mas os concursos só poderão ser feitos por quem possuir nível superior na área! Aí é que a gente se engana... Qual empresa vai querer pagar honorários jornalísticos para um profissional, podendo optar por um "desvio de função"
- Ah, chama aí aquela secretária que faz poesia pra fazer um release rapidinho!
Faça-me um favor!!!
Day, querida, desista da faculdade. Vc já escreve perfeitamente bem, é desenrolada e proativa. Precisa de mais nada pra ser jornalista. Você já é uma, por opção!

Eu poderia escrever mais um monte de coisa! Tanta coisa poderia ser dita! Mas estou cansada, com o coração doendo do tempo perdido, que diferente deles, para mim é ouro!

Já disseram por mim:

Golpe 1
18/06/2009 19:13

Oito contra oitenta mil - Oito contra 180 milhões

Perplexos e indignados os jornalistas brasileiros enfrentam neste momento uma das piores situações da história da profissão no Brasil. Contrariando todas as expectativas da categoria e a opinião de grande parte da sociedade, o Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria, acatou, nesta quarta-feira (17/6), o voto do ministro Gilmar Mendes considerando inconstitucional o inciso V do art. 4º do Decreto-Lei 972 de 1969 que fixava a exigência do diploma de curso superior para o exercício da profissão de jornalista. Outros sete ministros acompanharam o voto do relator. Perde a categoria dos jornalistas e perdem também os 180 milhões de brasileiros, que não podem prescindir da informação de qualidade para o exercício de sua cidadania.

A decisão é um retrocesso institucional e acentua um vergonhoso atrelamento das recentes posições do STF aos interesses da elite brasileira e, neste caso em especial, ao baronato que controla os meios de comunicação do país. A sanha desregulamentadora que tem pontuado as manifestações dos ministros da mais alta corte do país consolida o cenário dos sonhos das empresas de mídia e ameaça as bases da própria democracia brasileira. Ao contrário do que querem fazer crer, a desregulamentação total das atividades de imprensa no Brasil não atende aos princípios da liberdade de expressão e de imprensa consignados na Constituição brasileira nem aos interesses da sociedade. A desregulamentação da profissão de jornalista é, na verdade, uma ameaça a esses princípios e, inequivocamente, uma ameaça a outras profissões regulamentadas que poderão passar pelo mesmo ataque, agora perpetrado contra os jornalistas.

O voto do STF humilha a memória de gerações de jornalistas profissionais e, irresponsavelmente, revoga uma conquista social de mais de 40 anos. Em sua lamentável manifestação, Gilmar Mendes defende transferir exclusivamente aos patrões a condição de definir critérios de acesso à profissão. Desrespeitosamente, joga por terra a tradição ocidental que consolidou a formação de profissionais que prestam relevantes serviços sociais por meio de um curso superior.

O presidente-relator e os demais magistrados, de modo geral, demonstraram não ter conhecimento suficiente para tomar decisão de tamanha repercussão social. Sem saber o que é o jornalismo, mais uma vez – como fizeram no julgamento da Lei de Imprensa – confundiram liberdade de expressão e de imprensa e direito de opinião com o exercício de uma atividade profissional especializada, que exige sólidos conhecimentos teóricos e técnicos, além de formação humana e ética.

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), como entidade de representação máxima dos jornalistas brasileiros, esclarece que a decisão do STF eliminou a exigência do diploma para o acesso à profissão, mas que permanecem inalterados os demais dispositivos da regulamentação da profissão. Dessa forma, o registro profissional continua sendo condição de acesso à profissão e o Ministério do Trabalho e Emprego deve seguir registrando os jornalistas, diplomados ou não.

Igualmente, a FENAJ esclarece que a profissão de jornalista está consolidada não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. No caso brasileiro, a categoria mantém suas conquistas históricas, como os pisos salariais, a jornada diferenciada de cinco horas e a criação dos cursos superiores de jornalismo. Em que pese o duro golpe na educação superior, os cursos de jornalismo vão seguir capacitando os futuros profissionais e, certamente, continuarão a ser a porta de entrada na profissão para a grande maioria dos jovens brasileiros que sonham em se tornar jornalistas.

A FENAJ assume o compromisso público de seguir lutando em defesa da regulamentação da profissão e da qualificação do jornalismo. Assegura a todos os jornalistas em atuação no Brasil que tomará todas as medidas possíveis para rechaçar os ataques e iniciativas de desqualificar a profissão, impor a precarização das relações de trabalho e ampliar o arrocho salarial existente.

Neste momento crítico, a FENAJ conclama toda a categoria a mobilizar-se em torno dos Sindicatos. Somente a nossa organização coletiva, dentro das entidades sindicais, pode fazer frente a ofensiva do patronato e seus aliados contra o jornalismo e os jornalistas. Também conclama os demais segmentos profissionais e toda a sociedade, em especial os estudantes de jornalismo, que intensifiquem o apoio e a participação na luta pela valorização da profissão de jornalista.

Somos 80 mil jornalistas brasileiros. Milhares de profissionais que, somente através da formação, da regulamentação, da valorização do seu trabalho, conseguirão garantir dignidade para sua profissão e qualidade, interesse público, responsabilidade e ética para o jornalismo. Para o bem do jornalismo e da democracia, vamos reagir a mais este golpe!

Brasília, 18 de junho de 2009. Diretoria da Federação Nacional dos Jornalistas - FENAJ

(copiei daqui)

sábado, 6 de junho de 2009

Pare e Ouça

Se você escutar alguém falar seu nome para outra pessoa, pare e ouça o final da conversa. Se tiver muita intimidade com esse alguém, pergunte sobre o que estão falando. Se não tiver, ou se por acaso estiver desconfiada de alguma coisa, pare, disfarce, fique por ali e escute o final da conversa. NEM SEMPRE, repito, NEM SEMPRE estarão falando mal de você. Às vezes, por mais surpreendente que possa parecer, estão lhe elogiando ou defendendo, de certa forma.

Preocupe-se também com o que a pessoa sente por você. Às vezes ela gosta de você de graça, sem cobrar nada em troca. E se você não gosta tanto dela assim, ou não gosta nada, mesmo assim não é de bom tom fazer comentários maldosos sobre ela. Às vezes a pessoa nunca imaginaria que você fosse capaz de tamanha maldade. Então, disfarce. Não estou pedindo pra ser falsa. Estou pedindo pra ser cordial, já que você não tem coragem o suficiente para uma ter uma conversa franca.

Faça-me o favor!!!