sexta-feira, 19 de junho de 2009

Sobre o Meu Diploma II

Estou um tanto envergonhada com o que escrevi no post anterior. Não vou deletá-lo. Primeiro, porque escrevi no afã da notícia e segundo porque quero mostrar que sou capaz de mudar de opinião.

Conversando com o meu tio, que é aluno do 5º período de Jornalismo e lendo o blog da Karla, revi todos os meus conceitos sobre o diploma. Vou postar aqui o texto dela que, depois de lê-lo, passei a ver a "não-exigência-do-diploma" com outros olhos. Ela escreveu o que eu senti e não soube expressar, por causa da raiva momentânea. Até em relação ao Direito. Talvez tenha sido a forma com que a notícia chegou até a mim, que me fez pensar daquele jeito. Ficaram algumas lições:
1) Ninguém está livre da influência da mídia.
2) Eu sou capaz de rever meus conceitos.
3) Devemos sempre ouvir os mais sábios primeiro.

O texto copiado do Hysteria [A visão da Karla]

Basicamente achei uma decisão interessante. Não sou a favor do diploma, de verdade. Na minha humilde opinião, isso não vai mudar muita coisa, pelo menos por enquanto. Me espantou ver a histeria em torno da decisão do Supremo porque não caiu o diploma e sim a exigência dele para o exercício da profissão. E vi muita gente pintando que ‘oh, o STF derrubou o diploma’. Pra esses tipos, realmente o STF deveria mesmo ter acabado com o diploma, porque essas pessoas tem uma séria deficiência em interpretar um texto. Como chegaram na universidade, não é mesmo? Como conseguiram um diploma? Penso que deveríamos discutir como salvar a nossa profissão. Na boa, sério. O salário é baixo e a credibilidade menor ainda. Sempre me pergunto se as pessoas realmente precisam de jornalistas, esses que ainda somos hoje em dia. Chego a conclusão que não [ok, sei que isso foi hard]. Mas são tantas as fontes de informação que a Internet nos dá, que sério: who needs a journalist nowadays?

Então, só posso achar que precisamos rever a profissão, os meios de comunicação e não ficar
enroscados nessa onda de diploma. As empresas sérias vão continuar contratando gente que tenha experiência na área e creio que o diploma será, sim, um diferencial. Cara, quem tem medo de perder emprego por causa de diploma não é competente. Sério. Não estou com nenhuma ruga de preocupação por causa disso.

Modéstia à parte: sei apurar, tenho bom texto e me considero uma boa jornalista. Encaro essa decisão do STF como uma espécie de seleção natural. As tranqueiras ficarão de fora, ainda bem.
Na verdade, o que eu gostaria é que o currículo do curso fosse revisto. Por exemplo: eu não teria feito várias disciplinas que na minha faculdade eram obrigatórias. Fiquei muito pau da cara porque não tivemos redação jornalística, tivemos no primeiro ano uma disciplina que era um arremedo de redação jornalística com uma professora de Português. Ok, ela era ótima, mas não era jornalista.

Uma vez, conversando com a Anna, ela falou algo certo. Jornalismo deveria ser especialização. As duas profissões que mais quis na vida foram o Jornalismo e o Direito. Fiz o primeiro e tenho muito interesse pelo segundo, mas se pudesse escolher novamente, faria o segundo e me especializaria no primeiro. Credo, pareço a desiludida com o jornalismo, né? Mas não, amo ser jornalista, mas não sou besta, né? :]

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Sobre o Meu Diploma

Daí que eu passei cinco anos na faculdade pra nada...

Como é triste saber disso. Saber que a profissão "Jornalista" não é uma ciência, não carece de estudos avançados nem de técnicas. É da área "das artes e da literatura". Não foi assim que um dos Ministros do Supremo falou?
Sabe o que ele quis dizer? Eu também não...
Talvez ele estivesse se referido as artes circenses, vai saber...
E a cara do Bonner e da sua Digníssima? Sorrisinho sarcástico, como se estivessem dizendo: "Só existem duas vagas boas no país, e elas já são nossas..."
Daí a gente pode se conformar: mas os concursos só poderão ser feitos por quem possuir nível superior na área! Aí é que a gente se engana... Qual empresa vai querer pagar honorários jornalísticos para um profissional, podendo optar por um "desvio de função"
- Ah, chama aí aquela secretária que faz poesia pra fazer um release rapidinho!
Faça-me um favor!!!
Day, querida, desista da faculdade. Vc já escreve perfeitamente bem, é desenrolada e proativa. Precisa de mais nada pra ser jornalista. Você já é uma, por opção!

Eu poderia escrever mais um monte de coisa! Tanta coisa poderia ser dita! Mas estou cansada, com o coração doendo do tempo perdido, que diferente deles, para mim é ouro!

Já disseram por mim:

Golpe 1
18/06/2009 19:13

Oito contra oitenta mil - Oito contra 180 milhões

Perplexos e indignados os jornalistas brasileiros enfrentam neste momento uma das piores situações da história da profissão no Brasil. Contrariando todas as expectativas da categoria e a opinião de grande parte da sociedade, o Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria, acatou, nesta quarta-feira (17/6), o voto do ministro Gilmar Mendes considerando inconstitucional o inciso V do art. 4º do Decreto-Lei 972 de 1969 que fixava a exigência do diploma de curso superior para o exercício da profissão de jornalista. Outros sete ministros acompanharam o voto do relator. Perde a categoria dos jornalistas e perdem também os 180 milhões de brasileiros, que não podem prescindir da informação de qualidade para o exercício de sua cidadania.

A decisão é um retrocesso institucional e acentua um vergonhoso atrelamento das recentes posições do STF aos interesses da elite brasileira e, neste caso em especial, ao baronato que controla os meios de comunicação do país. A sanha desregulamentadora que tem pontuado as manifestações dos ministros da mais alta corte do país consolida o cenário dos sonhos das empresas de mídia e ameaça as bases da própria democracia brasileira. Ao contrário do que querem fazer crer, a desregulamentação total das atividades de imprensa no Brasil não atende aos princípios da liberdade de expressão e de imprensa consignados na Constituição brasileira nem aos interesses da sociedade. A desregulamentação da profissão de jornalista é, na verdade, uma ameaça a esses princípios e, inequivocamente, uma ameaça a outras profissões regulamentadas que poderão passar pelo mesmo ataque, agora perpetrado contra os jornalistas.

O voto do STF humilha a memória de gerações de jornalistas profissionais e, irresponsavelmente, revoga uma conquista social de mais de 40 anos. Em sua lamentável manifestação, Gilmar Mendes defende transferir exclusivamente aos patrões a condição de definir critérios de acesso à profissão. Desrespeitosamente, joga por terra a tradição ocidental que consolidou a formação de profissionais que prestam relevantes serviços sociais por meio de um curso superior.

O presidente-relator e os demais magistrados, de modo geral, demonstraram não ter conhecimento suficiente para tomar decisão de tamanha repercussão social. Sem saber o que é o jornalismo, mais uma vez – como fizeram no julgamento da Lei de Imprensa – confundiram liberdade de expressão e de imprensa e direito de opinião com o exercício de uma atividade profissional especializada, que exige sólidos conhecimentos teóricos e técnicos, além de formação humana e ética.

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), como entidade de representação máxima dos jornalistas brasileiros, esclarece que a decisão do STF eliminou a exigência do diploma para o acesso à profissão, mas que permanecem inalterados os demais dispositivos da regulamentação da profissão. Dessa forma, o registro profissional continua sendo condição de acesso à profissão e o Ministério do Trabalho e Emprego deve seguir registrando os jornalistas, diplomados ou não.

Igualmente, a FENAJ esclarece que a profissão de jornalista está consolidada não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. No caso brasileiro, a categoria mantém suas conquistas históricas, como os pisos salariais, a jornada diferenciada de cinco horas e a criação dos cursos superiores de jornalismo. Em que pese o duro golpe na educação superior, os cursos de jornalismo vão seguir capacitando os futuros profissionais e, certamente, continuarão a ser a porta de entrada na profissão para a grande maioria dos jovens brasileiros que sonham em se tornar jornalistas.

A FENAJ assume o compromisso público de seguir lutando em defesa da regulamentação da profissão e da qualificação do jornalismo. Assegura a todos os jornalistas em atuação no Brasil que tomará todas as medidas possíveis para rechaçar os ataques e iniciativas de desqualificar a profissão, impor a precarização das relações de trabalho e ampliar o arrocho salarial existente.

Neste momento crítico, a FENAJ conclama toda a categoria a mobilizar-se em torno dos Sindicatos. Somente a nossa organização coletiva, dentro das entidades sindicais, pode fazer frente a ofensiva do patronato e seus aliados contra o jornalismo e os jornalistas. Também conclama os demais segmentos profissionais e toda a sociedade, em especial os estudantes de jornalismo, que intensifiquem o apoio e a participação na luta pela valorização da profissão de jornalista.

Somos 80 mil jornalistas brasileiros. Milhares de profissionais que, somente através da formação, da regulamentação, da valorização do seu trabalho, conseguirão garantir dignidade para sua profissão e qualidade, interesse público, responsabilidade e ética para o jornalismo. Para o bem do jornalismo e da democracia, vamos reagir a mais este golpe!

Brasília, 18 de junho de 2009. Diretoria da Federação Nacional dos Jornalistas - FENAJ

(copiei daqui)

sábado, 6 de junho de 2009

Pare e Ouça

Se você escutar alguém falar seu nome para outra pessoa, pare e ouça o final da conversa. Se tiver muita intimidade com esse alguém, pergunte sobre o que estão falando. Se não tiver, ou se por acaso estiver desconfiada de alguma coisa, pare, disfarce, fique por ali e escute o final da conversa. NEM SEMPRE, repito, NEM SEMPRE estarão falando mal de você. Às vezes, por mais surpreendente que possa parecer, estão lhe elogiando ou defendendo, de certa forma.

Preocupe-se também com o que a pessoa sente por você. Às vezes ela gosta de você de graça, sem cobrar nada em troca. E se você não gosta tanto dela assim, ou não gosta nada, mesmo assim não é de bom tom fazer comentários maldosos sobre ela. Às vezes a pessoa nunca imaginaria que você fosse capaz de tamanha maldade. Então, disfarce. Não estou pedindo pra ser falsa. Estou pedindo pra ser cordial, já que você não tem coragem o suficiente para uma ter uma conversa franca.

Faça-me o favor!!!

Eu não tenho muitos amigos

Sabe aqueles amigos mesmo, que a gente pode contar tudo que acontece em nossa vida? Pois é... Amigos assim, não tenho. Sou amiga de alguns, que confiam em mim, contam seus segredos, seus medos, anseios, ligam quando estão com problemas, quando estão felizes, etc. Eu não. Não ligo pra nenhuma pessoa quando tenho problemas. Converso com meu maridón, mas esse não conta. Ele sabe dos meus problemas, minhas alegrias, tristezas. Nem minha mãe. Também não conta.

A culpa, com certeza não são das pessoas que me cercam. É minha. Minha culpa, minha máxima culpa. Não sei falar de mim... Às vezes até começo, meio devagar, meio pé-atrás, mas basta a pessoa desviar o olhar [ou nem olhar] um tantinho que seja, que paro o que estou falando. Acho que ninguém merece saber dos meus problemas. Ninguém. Nem este blog, que é meu, fruto do meu pensamento. Nem ele.
PS: Só desabafo, liguem não.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Romance de Elite

Assisti ao filme Romance. Amei. Uma mistura de tudo que eu gosto, necessariamente nesta ordem:
Wagner Moura.
Nordeste.
Teatro.
Cinema Nacional
Guel Arraes.
Tristão e Isolda.
Andréa Beltrão.

E, para aproveitar a onda de assistir aos filmes bem depois que são lançados (é que gosto de ver em casa, no conforto do meu lar, voltando várias cenas, e comprando o dvd mais barato), assisti também a Tropa de Elite. óóóóóóóóó

Podem rir. Eu nem ligo. Assisti depois que a música (pa pa pa pa pa pa pa) saiu da minha cabeça, depois que o povo da rua cansou de dizer "Pede pra sair, 23" [e nem tem isso no filme - não com o 23, mas com o 01], depois que a febre cedeu... Eu tinha certeza que ia gostar de ver. Já tinha começado algumas vezes [faz tempo que tenho o dvd do filme], mas tinha medo que acabasse logo e ficasse um vazio, como de certo ficou.

E, quer saber, estou encantada com o filme. Aliás, com os dois filmes. São aquele tipo de filme que fica na nossa cabeça um tempão depois que os créditos sobem. Não recomendo porque não deve ter ninguém ainda sem assisti-los. A única doida aqui sou eu!

Por falar em doida, só eu acho o Wagner Moura a cara da Tatiane Goulart e vice-versa???




Xêros!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Prêmio Tim de Música

Meu primo Max está na final do Prêmio Tim de Música. Não preciso nem dizer que estou orgulhosíssima, né? Então...

Ele concorre na categoria "Melhor Grupo Regional", com seu Grupo Fim de Feira. A premiação será no dia 1º de Julho, no Canecão, Rio. Por que estou dizendo tudo isso? Além do orgulho, é claro, tem voto popular também. "Vumbora" votar neles?

Acessem aí e votem, por favor: http://www.premidodemusica.com.br/

Valeu!